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Arte por Cynthia Tedy

Precisamos sempre olhar para assuntos simples e complexos com a mente aberta. Quando o assunto é complicado, ou envolve sofrimento, temos que ficar ainda mais atentos em manter a possibilidade de reflexão. As relações são extremamente fundamentais para o ser humano, uma vez que nascemos predispostos a nos conectar.

Assim como ocorre em ambientes profissionais, as relações de lazer buscam validação de maneira holística, reafirmando o valor de cada indivíduo dentro da conexão para que o todo possa florescer. Em relações românticas e amigas existem diferentes formas de se obter essa validação, até porque as pessoas e suas diversas subjetividades processam o amor de maneira diferente.

Quando somos o outro de alguém, e não o outro que complementa, mas a segunda opção, devemos analisar a situação como um todo afim de não prejudicar a possibilidade de uma conexão verdadeira. O sofrimento causado por sentir-se abandonado numa relação, seja de qualquer tipo, tem consequências severas em como enxergamos nós mesmos e o mundo; e esse tal sofrimento nasce de uma busca ativa por consolidar o relacionamento – mas o que acontece são tentativas frustradas de alcançar o outro que não tem interesse real nessa situação específica.

Nossa habilidade de nos relacionar e nossa inteligência emocional são aspectos que deixamos quase sempre de lado nos dias de hoje. Temos medo de dizer como nos sentimos para com os outros quando não é algo necessariamente bom e isso vem de uma antiga cultura de indivíduos que competem para serem o melhor ser humano. E é exatamente fazer o outro entender a posição deles em nossa vida que nos falta.

As vezes simplesmente não aconteceu uma identificação tão profunda com o outro ou estão carentes e falharam em notificar a priori, pode até acontecer de estarmos confusos com quem somos e não analisarmos bem a situação. No fim do dia é o respeito que deve prevalecer, saber impor limites quando isso acontece com você e reconhecer a dor do outro quando o fazemos. Buscar o equilíbrio é tanto um dever quanto da nossa condição.

Mariano José Pereira da Fonseca


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