Wanderer I
O Buscador Transcendental
Wanderer, em sua tradução do inglês, significa andarilho. O andarilho, quando vítima de intencionalidade, nada mais é que um Buscador. A ideia é arquetípica, e nos dias de hoje se adapta na construção de pessoas transcendentais. Você faz parte do grupo de pessoas que usa a vontade de viver para explorar o mundo?
O Buscador é aquele que busca a desacomodação, que suja suas mãos nos paradoxos existenciais e mesmo assim se estabelece em sua totalidade. Em sua base, são pessoas que desejam ser mais e melhor, que querem conhecer o mundo e a si mesmo sem, exclusivamente, ficar preso à ideia de contemplação, pois o buscador quer a experiência completa, o próprio fenômeno puro.
É a vontade de vida do Buscador que acaba por quebrar suas barreiras psíquicas, afim de eliminar preconceitos e acomodações estereotípicas que atrapalhariam seu caminho de busca de experiências e significados. Não somente abandonam essas práticas discriminatórias, que já há muito deveriam ter sido destruídas, mas os Wanderers abandonam a perfeição. A perfeição atrapalha o progresso transcendental, assim como todas as outras formas de desenvolvimento, impedindo a livre construção de um ego maduro, rico e atuante em si.
O Buscador é aquele que conhece a sensação, o sentimento e a totalidade de ter para si um significado que coexiste e transcende o paradoxo de que a vida, na verdade, não tem sentido inato. Permite-se, também, a mudança de perspectiva, a possibilidade de alterar sua percepção do mundo ao adquirir uma experiência nova sem o medo de ver o Outro cobrar-lhe por já, uma vez, ter desprezado aquela própria experiência.
É “metagrobologista”, que desvenda o quebra cabeça da vida e cada vez mais constrói um mundo interno que transborda de significado. E toda essa construção do ser Buscador se dá por um impulso ou intenção própria, pois não lhe falta sentido e não há insatisfação como o Fausto moderno, mas exubera vontade de viver.